Aqui uso o termo “tara” com o significado de um forte, intenso e incontrolável desejo.
Os humanos possuem muitas taras. Algumas delas são sonhos. Devaneios que, em muitos casos, se tornam o principal objetivo de vida de quem os têm.
Outro dia, já não lembro onde, li sobre a tara de um homem muito rico lá da América anglo-saxônica. Segundo diz o texto, ele dorme e acorda pensando em como fazer para possibilitar a um grupo de humanos fixar residência em Marte.
De acordo com o noticiado, o empresário já investe altas somas de dinheiro nas pesquisas do seu empreendimento para levar habitantes ao planeta vermelho.
Você pode considerar como um tipo de tara esquisita. Outras pessoas podem argumentar o direito dele ter a tara que quiser. “Tara não se discute”, diria alguém parafraseando um famoso ditado.
São variados os tipos de taras e excentricidades do mundo dos bilionários. No Brasil, um deles já enterrou carro novo e de luxo em seu jardim… Por aí você pode imaginar como alguns muito ricos extravasam seus sentimentos.
É raríssimo, no entanto, ver notícia de um bilionário desses ser tarado em acabar com a fome no mundo, ou talvez em promover a reestruturação e desenvolvimento de cidades, quem sabe investir na educação e evolução das pessoas, etc.
Sim, eu sei, tem muitos bilionários que são mantenedores de fundações beneficentes. No entanto, falo para além de manter uma instituição com ações não muito abrangentes ou paliativas.
Resolver problemas humanos aqui na terra, penso eu, seria uma tara muito mais benéfica do que pensar em se tornar marciano.
PS: Esse assunto, com relação às atenções da humanidade, e certa forma recorrente em minha escrita. Já publiquei:
Água em Marte? O que nós temos com isto?
Queremos saber
Composição: Gilberto Gil
Interpretação: Cássia Eller
Agora uma canção:
Imagem Ilustrativa: Wilhan José Gomes/ Pixabay
Instagram: @wilhanjosegomes
Roberto Martins 
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