Nas “forças ocultas”, uma provável luz para o “menino acuado” de nome Brasil
“Onde estão as forças ocultas?”. Adianto-lhe que não trago resposta, mas busco reflexão.
Ah… Dona História e suas voltas.
Essa reluzente tela onde passa filme novo com roteiro similar ao dos antigos.
Jânio Quadros (JQ), 1960, ascendeu ao poder com a bandeira do combate à corrupção.
O símbolo de sua campanha era uma vassoura. Tivesse outro linguajar, talvez teria dito: “pra varrer tudo isso daê”.
De acordo com historiadores, o povão se identificava com JQ: “Ele fingia ter caspa”, “comia pão com mortadela”.
Quadros tinha discurso moralista e pauta de costumes. Chegou a proibir o biquíni nas praias.
Agora
Tempos depois, o Brasil do “combate à corrupção” elegeu Jair Bolsonaro (JB).
Esse também tem pauta de costumes e identificação popular.
Fico a imaginar os 30% que, mesmo diante da pífia economia, do pibinho, dos indícios de “familícia”, da fuga de capitais, das idas e vindas de decisões, dos “aloprados” do governo, da boiada passando, da necro-gestão da pandemia, etc, etc, etc, ainda apoiam o Sr. Jair.
Só pode ser identificação e pauta de costumes.
No entanto, infelizmente, tal identificação não se dá por “caspas” ou “mortadelas”. Quem nos dera…
Hoje, a identificação é por conta das falas e comportamentos machistas, homofóbicos, misóginos, racistas e agressivos, entre outros. Já há algum tempo, o ódio está no ar.
E, assim, os fãs vêem no presidente um “herói”, um “mito”.
É como se a ascensão de JB validasse tudo o que eles sempre foram, mas, que até pouco tempo, tinham alguma vergonha de assumir.
Certamente o considerem um “Messias” por ajudá-los a sair da espiral do silêncio.
Alinhado
Não à toa, no seu discurso de posse, Bolsonaro prometeu acabar com o politicamente correto.
Ele sabe o desejo do seu público. A ânsia por ser politicamente incorreto. Xingar, ofender, validar fakenews, portar armas, burlar regras de trânsito, desrespeitar minorias sociais.
Almejam fazer tudo isso livremente como se a internet e o convívio social fosse “terra sem lei” e sem respeito às diferenças.
Num rápido olhar para a história, no recorte de JQ a JB, de Jânio a Jair, muitos se questionam se esse Brasil se criou agora ou se já estava aí e simplesmente nos mostrou a cara.
Aqui, com meus pensamentos, ouso a me perguntar:
O que esperam as “forças ocultas”, aqueles que de fato detém o poder nesta terra?
Por que não “convencem” JB da sua hora (H) de já ir?
Aproveitem, enquanto 70% ainda demonstra ter humanidade.
Se demorar muito, podemos não ter mais um país para um próximo ciclo da história.
RM>
–Imagem Free-Photos por Pixabay

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